Monday, October 18, 2004

"I ain't sleeping, too much in my head
I've been thinking somethin's left unsaid
And in the morning feeling just the same
Boy, it's killing me
I ain't crying don't want to be alone
Just need lifting from my melancholic tone.
Make no mistake, a little too late is just too long
Don't ask me why this is goodbye
If you you do me wrong"


É, não estou conseguindo dormir. Uma da manhã, com aula logo cedo (ainda hoje) e eu não consigo pregar os olhos. Malditos pensamentos que me deixam acordado.
Talvez seja o tal crush que veio e se foi como um furacão (mais como uma brisa, talvez). No harm, no foul.
Talvez seja o fato de eu ainda estar animado por ter ido ver Chicago. Se o filme era bom, o musical consegue superar. Tá certo que a versão abrasileirada peca em alguns momentos, mas a banda de jazz ao vivo consegue compensar as falhas.
Talvez seja ter revisto minha família toda depois de um tempão sem ver quase ninguém. Ah, como as crianças crescem rápido. E não acreditam que eu já tenho 20 anos (apesar de que,do jeito que eu estava palhaço, nem eu estava acreditando).
Talvez seja a faculdade, que anda a pernas bambas, tropeçando aqui e ali e andando em círculos. sigh. Só falta um ano e meio, só falta um ano e meio, só falta um ano e meio....
Ou talvez seja simplesmente insônia da simples e pura que me acomete de vez em quando.
Aproveito a oportunidade pra deixar um poema do Neruda que de uns tempos pra cá se tornou um dos meus favoritos (daqueles que eu quero saber de cor antes de morrer):

Si Tu Me Olvidas

SI TÚ ME OLVIDAS
QUIERO que sepas
una cosa.


Tú sabes cómo es esto:
si miro
la luna de cristal,la rama roja
del lento otoño en mi ventana,
si toco
junto al fuego
la impalpable ceniza
o el arrugado cuerpo de la leña,
todo me lleva a ti,
como si todo lo que existe,
aromas, luz, metales,
fueran pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.


Ahora bien,
si poco a poco dejas de quererme
dejaré de quererte poco a poco.


Si de pronto
me olvidas
no me busques,
que ya te habré olvidado.


Si consideras largo y loco
el viento de banderas
que pasa por mi vida
y te decides
a dejarme a la orilla
del corazón en que tengo raíces,
piensa
que en ese día,
a esa hora
levantaré los brazos
y saldrán mis raíces
a buscar otra tierra.


Pero
si cada día,
cada hora
sientes que a mí estás destinada
con dulzura implacable.
Si cada día sube
una flor a tus labios a buscarme,
ay amor mío, ay mía,
en mí todo ese fuego se repite,
en mí nada se apaga ni se olvida,
mi amor se nutre de tu amor, amada,
y mientras vivas estará en tus brazos
sin salir de los míos.


Pablo Neruda


np:Nada, porque eu pulei da cama pra escrever isso....

No comments: